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Pompéia e Herculano

fonte: The New Encyclopaedia Britannica, ed. 1980

As cidades de Pompéia e Herculano, perto de Nápoles, na Itália, foram destruídas por uma erupção do vulcão Vesúvio na tarde do dia 24 de agosto do ano de 79 d.C.

Isso até parece uma manchete de jornal de hoje em dia, e poderia ser mesmo. Além do riquíssimo material encontrado em mais de duzentos anos de escavações, há ainda o relato por escrito de uma testemunha ocular da catástrofe. Plínio, o jovem, escreveu duas cartas ao historiador Tácito, descrevendo com riqueza de detalhes a erupção do Vesúvio vista da outra margem do mar. Neste dia seu tio, Plínio, o velho, foi de barco rumo a Pompéia, para ajudar a resgatar as vítimas e observar a erupção mais de perto, e lá acabou morrendo asfixiado pelos gases vulcânicos tóxicos. Muitos pensam que Pompéia e Herculano foram destruídas pelas lavas do vulcão, mas na realidade essas cidades foram cobertas por uma camada de mais de vinte metros de espessura de cinzas vulcânicas, com temperaturas em torno de 300ºC.

São inúmeras as descobertas sobre a vida no Império Romano feitas graças às escavações em Pompéia e Herculano. Pompéia foi fundada pelos gregos no séc. VIII a.C. e foi por muito tempo um importante porto comercial do Mediterrâneo. Em uma história marcada por guerras, Pompéia foi dominada pelos etruscos, depois novamente pelos gregos e finalmente pelos romanos, que eram os dominantes na época da erupção. Aliás, quando houve a erupção, Pompéia ainda estava em obras, pois dezessete anos antes, no ano de 62 d.C., havia sido em parte destruída por um terremoto.

 Afrescos em Pompéia
Afrescos em Pompéia

Pompéia e Herculano foram redescobertas pelo arquiteto Domenico Fontana, que conduzia obras na região no século XVI. As escavações mais intensas se iniciaram em 1709, em Herculano (em Pompéia elas começaram em 1748), quando muitas peças foram destruídas ou roubadas por escavadores aventureiros em busca de tesouros. As escavações científicas começaram em 1860, comandadas por Giuseppe Fiorelli, que desenvolveu uma técnica de moldagem com gesso das formas ocas deixadas pelos corpos das vítimas nas cinzas vulcânicas petrificadas.

Pompéia era cercada por um muro e tinha pelo menos sete portões de acesso. As colinas ao seu redor eram cobertas por plantações de uva e de outras frutas. A cidade tinha um Fórum, que era o centro da administração municipal e da vida econômica e religiosa. Havia também um templo dedicado a Júpiter, Juno e Minerva, um mercado e centenas de casas, as mais luxuosas ornadas com mosaicos e obras de arte. Sabe-se que Pompéia era uma cidade rica, e que seu porto foi famoso por negócios com vinhos e perfumes finos. Havia também padarias, indústrias de processamento de lã, lojas de escultores e de lapidadores de pedras e vários outros tipos de comércio.

 

 

 

 



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