1. Identificação de minerais pelas suas características físicas (dureza, hábito, magnetismo, clivagem, cor, brilho, traço)
Com um conjunto simples de lupa, alfinete, ímã, plaquinha de vidro e alguns minerais coletados em pedaços de rochas numa marmoraria, ou comprados nas feiras de artesanato ou outros locais onde freqüentemente há comerciantes de minerais, pode-se fazer uma atividade de identificação de minerais.
Havendo interesse, para crianças mais velhas ou mais interessadas no assunto, pode-se consultar livros e guias de mineralogia que trazem fotografias, maiores informações e outras observações para determinação de minerais.

2. Ciclo da água
O ciclo da água pode ser observado em escala diminuída em montagens razoavelmente simples. Por exemplo, pode-se pegar um aquário de tamanho pequeno, com terra e areia secas. No meio da terra, coloca-se uma planta com bastantes folhas, retirada de um vaso, com cuidado para que a planta não se ressinta da mudança de recipiente.
Coloque bastante água no aquário e observe pelas paredes transparentes que a terra e a areia vão mudando de cor conforme ficam umedecidas. Quando a parte inferior do material fica saturada em água, ou seja, quando todos os poros estão preenchidos com água, e não mais com ar, temos a formação do lençol de água subterrânea. Neste momento já se faz uma observação muito importante, pois muitas pessoas não sabem que o lençol de água subterrânea não é um espaço contínuo ocupado por água, mas sim o conjunto de vazios entre os grãos minerais ocupados por água.
À medida que se acrescenta mais água, observa-se a infiltração e a subida do nível freático. Esse processo reproduz uma fase fundamental do ciclo, que é a alimentação da água subterrânea.
Quando quase tudo estiver saturado, fecha-se o aquário com um saco plástico transparente que envolva toda a beirada do aquário e que seja alto o suficiente para deixar um espaço vazio acima das folhas da planta. O plástico deve ser grudado com fita adesiva nas paredes do aquário para que não haja troca de ar com o exterior. Opcionalmente, pode-se colocar outro aquário vazio sobre o aquário inicial, para que a seqüência seja mais bem visualizada. Mas neste caso deve-se tomar precauções extras contra acidentes.
Uma vez colocado o plástico sobre o aquário, espera-se algumas horas para que a água evapore do solo e para que a planta transpire, de modo com que a parte interna do plástico condense o vapor de água vindo desses processos. Com pequenos golpes com os dedos sobre o plástico, as gotículas precipitarão sobre a planta e o solo, simulando a chuva. Essa água precipitada, quando absorvida novamente pelo solo, pode ser incorporada ao lençol de água subterrânea ou pode permanecer nos poros da zona acima da zona saturada, onde ficam as raízes das plantas.
Este experimento pode ser repetido num dia muito quente e em outro muito mais frio que da primeira vez, o que demonstra a influência da temperatura na evaporação da água do solo e no metabolismo da planta e sua transpiração.

3. Intemperismo
•  Físico (congelamento): Fragmentos de rocha colocados no congelador à noite e retirados de dia. Após alguns dias, semanas ou meses, dependendo da rocha, os fragmentos estarão se esfarelando. Para isso, pode-se usar pedaços de diferentes tipos de rochas descartados em marmorarias. Sugestão: “pedra mineira” e arenito sofrerão fragmentação rápida; granito sofrerá fragmentação lenta.
•  Químico (dissolução): Fragmento de mármore mergulhado em água com vinagre, água com limão ou em Coca-Cola. A superfície polida ficará áspera pela progressiva dissolução dos cristais. Sugestão: verificar pias de cozinha ou banheiro feitas de mármore, granito ou outras rochas. Se tiverem alguns anos de uso, apresentarão perda do polimento em alguns locais mais sujeitos à presença de agentes que aceleram a dissolução pela água, como sabonete, detergente, temperos a base de vinagre ou limão etc.

4. Erosão e transporte
•  Pelo vento: pegue um punhado de areia e assopre. Pegue um punhado de terra de jardim e assopre. Verifique as diferenças, como os tipos de grãos que foram retirados pelo sopro. Demonstrar influência da umidade, da presença de raízes no solo etc. Havendo espaço, mais tipos de materiais e um ventilador podem ser usados. Os materiais de diferentes granulometrias podem ser misturados. Com o ventilador ligado, os materiais serão levantados (erosão), transportados e sedimentados a diferentes distâncias, conforme seu tamanho e massa. Com o ventilador desligado, verifica-se que grãos mais finos foram levados mais para longe, e grãos maiores ficaram mais próximos do monte inicial.
•  Pela água: coloque uma mistura de terra de jardim, areia e pedregulhos sobre uma superfície cimentada ou revestida. Jogue água com um regador ou uma mangueira. Com pouca água, veja que o monte se desmonta, mas somente os grãos menores (portanto, mais leves), são transportados. Com maior quantidade de água e/ou aumentando a pressão na mangueira, grãos progressivamente maiores serão retirados do monte e transportados.

5. Sedimentação
Experiência da seleção granulométrica num pote de vidro.

6. Identificando a importância da Geologia no cotidiano
Simule o dia-a-dia desde a hora de acordar até o momento de dormir. Para cada ação - escovar os dentes, fazer xixi, tomar banho, comer pão no café da manhã etc - identifique a NÃO existência de uma material de origem geológica.
É importante identificar tudo que é utilizado na produção do bem ou serviço que utilizamos. A fabricação do pão, por exemplo, exige trigo adubado, e o adubo é feito a partir da apatita (um mineral utilizado para fabricação de fertilizantes). O solo em que o trigo é plantado também é constituído por minerais e matéria orgânica. O vaso sanitário que usamos para fazer xixi é fabricado a partir de material de origem geológica, e assim por diante.

Atividade extra: Os minerais na nossa casa. Clique aqui para brincar na casinha e descubra os minerais presentes no nosso dia-a dia. É necessário ter o Flash player instalado.