1. Qual a diferença entre mineral e cristal?
Em princípio, nenhuma, já que para ser considerada mineral, uma substância deve ter arranjo interno ordenado dos seus átomos constituintes, ou seja, deve ser “cristalizada”. Então, todo mineral seria um cristal, embora nem sempre os minerais tenham suas faces externas bem definidas.
A noção mais comumente difundida considera cristal apenas os grãos minerais com faces externas perfeitas, refletindo externamente sua estrutura cristalina interna. Observamos, com certa freqüência, minerais lapidados a partir de grãos irregulares, tentando dar aparência de que são cristais naturalmente bem formado; no entanto, este trabalho é algumas vezes executado por não especialistas e, assim, podem resultar em formas externas incompatíveis com a natureza do mineral. O quartzo, por exemplo, quando bem formado, ocorre como prismas de base hexagonal; assim, lapidar um grão de quartzo na forma de um prisma de base quadrada ou outra que não seja hexagonal, demonstra desconhecimento das características do quartzo.

2. O que são rochas?
São agregados de minerais que formam toda a crosta terrestre e as partes mais profundas do planeta (com exceção do núcleo externo, que é a única parte líquida existente no interior da Terra). As rochas da crosta podem ser facilmente observadas em seus três tipos:
•  Rochas ígneas ou magmáticas, formadas pela cristalização do magma;
•  Rochas sedimentares, formadas pela compactação e endurecimento de sedimentos;
•  Rochas metamórficas, formadas pela transformação de qualquer tipo de rocha quando submetida a altas temperaturas e pressões.

3. O que são os processos geológicos mencionados na história (intemperismo, erosão, transporte e sedimentação)?
Na superfície da Terra, ou seja, no ambiente onde hidrosfera, atmosfera, biosfera e litosfera interagem, ocorrem os chamados processos geológicos de superfície. Todos podem ocorrer fisicamente (nas partículas) ou quimicamente (nos materiais dissolvidos na água):
•  Intemperismo, que transforma as rochas duras em grãos soltos;
•  Erosão, ou seja, a retirada do seu local de formação;
•  Transporte (pela água, na forma de rios, enxurradas, ou mesmo nos oceanos, pelas ondas, marés e correntes, vento ou geleiras);
•  Sedimentação, que ocorre quando o agente de transporte não tem mais energia para continuar a carregar o material. Na história do livro, Quart, Feld, Mag, Mica e Cal estavam sofrendo esse processo.
No decorrer do longo tempo geológico - 4 bilhões e 600 milhões de anos, a idade da terra - os processos naturais foram acontecendo e deixando marcas em rochas e em demais formações geológicas. Temos no Brasil algumas grandes bacias sedimentares, que receberam sedimentos erodidos a partir de áreas mais altas. É o caso da Bacia do Paraná, da Bacia do Parnaíba, da Bacia Amazônica e de outras bacias menores. Como a sedimentação nessas bacias ocorreu durante muito tempo, as camadas inferiores foram suficientemente soterradas para que se transformassem em rocha dura: as rochas sedimentares.